Sou uma pessoa cultural. Sei o quanto é importante a cultura na nossa vida. Gosto de buscar imagens que confessem o esplendor como o nascer do sol ou o pôr do sol na montanha, na praia, no arranha-céus. Também ouço músicas e hoje em dia elas estão cada vez melhor produzidas. Vejo filmes, assisto séries, acompanho peças e novelas. Leio livros, hoje mais livros eletrônicos do que físicos propriamente ditos, mas houve anos em que isso era o inverso.
Uma pessoa não pode ser desaculturada porque tudo flui a partir do conhecimento de mundo que temos e que desenvolvemos a partir da matéria vigente.
Uma pessoa também não pode ser cética quanto a tudo de novo que ocorre desde a música tocada pelos DJ's até os livros de fantasia criados por Ada Palmer, Trudi Canavan e George R. R. Martín.
Agora, uma pessoa culta, bem socializada, com pensamento crítico e bem desenvolvido psicologicamente, conhecedora da arte, das pinturas em si, do conceito, saberá que a exposição do Queermuseu com "Criança viada, deusa das águas" e "Criança viada, travesti da lambada" é um ato da pop-arte.
Se você tem apelo pela inspiração da fotografia ou da dança, é uma pessoa na veleidade do movimento e da composição, assim como eu, estará no apogeu da linguagem logo logo.
Os dias trazem mutações de aspecto, não estou falando de seres abominantes, apenas quero dizer que a rosa desabrocha lindamente.
Me inspiro em vidas, em órbitas, em velejamentos. Ora pesquisando, ora ressabiando-me.