Droemerdene, protector dos aborigens

in #pt6 years ago

Droemerdene.jpg

Por Ana Santiso.
Aguarela sobre papel.
12.5 cm x 13 cm.
Registro: 777b934c113cb598afcae5d755a7162baf1a22d74ee98455669065ab14116496
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CRIATURA: Na mitologia dos aborigens tasmánios, da cultura Palawa, Droemerdene foi o segundo filho do Sol e da Lua. O seu irmao, Moinee, foi o primitivo criador do mundo, dador de vida à terra e os mares. Também criou, com a terra, um corpo para um espírito que vagava polo mundo, criando assim o primeiro ser humano, a quem deu forma de canguro. Moinee criou, também, aos canguros, que nom se distinguiam das pessoas.

Droemerdene emergeu da estrela Conopus e ajudou os seres humanos a mudar de forma. Suprimiu o seu rabo, deu-lhes articulaçons nas pernas “para poderem descansar”, e assim permitiu-lhes diferenciar-se dos canguros.

Essa acçom provocou umha guerra entre os irmaos, que tivo lugar no céu e na que participárom muitos demónios. No fim dela os dous morrêrom: Moinee caíu à terra convertido numha enorme pedra em Cox Bight, enquanto Droemerdene caíu ao mar no Cabo Louisa.

CULTURA: Os aborigens Tasmánios chegárom ao seu território hai 40.000 anos, quando formava umha península de Austrália. A subida no nível do mar curtou o acesso por volta do 6000 a.C., deixando desde entom incomunicada à populaçom durante 8.000 anos, até a chegada dos ingleses.

Com umha populaçom de poucos milhares de pessoas (até 15.000 segundo algumhas estimaçons), os aborigens praticárom um modo de vida baseado na caça e a recolecçom. Sem vivendas, acostumados a dormir à intempérie e sem roupa, repartiam-se em clans nómadas que viviam no interior da ilha durante o verao, e baixavam à costa no inverno. A sua espiritualidade, de tipo animista, lia na noite estrelada e na vida natural umha ordem divina.

A chegada dos ingleses a começos do século XIX desencadeou um genocídio quase completo desta gente, que se executou em poucas décadas. O rapto de mulheres e nenos, o exílio e as doenças espalhadas polos colonos fôrom reduzindo a sua populaçom até que, em 1833, restavam somente 200 aborigens na suas aldeias, que fôrom desterrados às vizinhas ilhas Furneaux. Em 1905 o último aborigem morreu.

Porém, parte da sua cultura e tradiçons sobrevivem no descendentes das mulheres sequestradas e violadas polos colonos. O movimento de recuperaçom dos direitos Palawa continua, apesar de todo, resistindo o passar do tempo.

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