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Michelle Blade
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Há um reino de coisas fortes e indomáveis, de ideias e sentimentos puros que se querem manifestar. Esse reino encontra-se dentro de nós. Na verdade, como todas as coisas, está em todo o lado e em lado nenhum.
Em mim há um muro de silvas que bloqueia o portal para esse reino de coisas a querer sair. Os braços grossos de espinhos são tão densos que até pareço esquecer o que guardam.
Mas há dias em que oiço as coisas cantar e elas acordam em mim irmãs suas.
Abraço-me ao momento, agarro numa espada. Liberto o metal, molho-o de luz e ímpeto. Levanto os braços.
Um grito; um movimento, uma descida a pique. Um relâmpago metálico esventra as silvas. Desce-lhes abaixo. Abrem-se, atropeladas pelas coisas vorazes já ansiosas. Saiem em debandada. Como um tsunami que cavalga canos fora e rebenta com a torneira, elas inundam o meu mundo.
Obrigado por este momento, ler este lindo poema me fez viver meus proprios gritos presos por tantas algemas dentro do peito. Exaltacao à coragem de quebrar todas as amarras e soltar os mais profundos sentimentos me fez bem.
e para alguém que escreve isso é a melhor resposta que se pode querer. obrigado pelas bonitas palavras