Como já disse num post anterior, hoje vou começar a falar sobre alguns dos mais importantes compositores da música erudita brasileira. Tinha pensado em começar com o Villa Lobos, porém, de última hora resolvi iniciar com uma mulher. E não uma mulher qualquer, mas a Chiquinha Gonzaga. A dama da música clássica brasileira.
Meu intuito não é entrar na vida pessoal de nenhum compositor que falarei por aqui, mas mostrar sua música e contribuição para a cultura do país. Para mim, por tudo que Chiquinha representou, pode ser considerada umas das mulheres públicas que mais lutaram pela classe feminina, uma verdadeira feminista.
Francisca Edwiges Neves Gonzaga, Chiquinha Gonzaga, nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de outubro de 1847, da união de um militar com filha de escravos. Cresceu e se educou num período de grandes transformações na vida da cidade. Além de escrever, ler e fazer cálculos, estudar religião, bordar tecidos, entre outros, a jovem aprendeu a tocar piano. Casou-se aos 16 anos com um grande empresário escolhido por seu pai. Após inúmeros desgostos pessoais e decepções amorosas, ela necessitava continuar e sobreviver do que sabia fazer: tocar piano.
Foi um destaque na história da cultura do brasil pelo seu pioneirismo na luta pelas liberdades do país. Enfrentou com veemência a opressora sociedade da época e criou uma profissão inédita para a mulher, a de musicista, o que causou escândalo em seu tempo. Atuou no rico ambiente musical do Rio de Janeiro, no período do Segundo Reinado, no qual imperavam polcas, tangos e valsas, incorporando ao seu piano toda a diversidade musical que encontrou, sem preconceitos.
Em sua estreia como compositora, Chiquinha tocou a polca “Atraente”. Musicou dezenas de peças de teatro nos gêneros mais variados. Na virada do século XIX para o XX, Chiquinha Gonzaga criou a marchinha carnavalesca que a popularizaria, “Ó abre alas”, e obtendo com isso um reconhecimento eterno, pois o carnaval jamais a esqueceu. Faleceu no Rio de Janeiro, em 28 de fevereiro de 1935.
Aconselho a ouvirem essas músicas citadas acima! Até a próxima!
Muito bom! To ouvindo aqui no spotify o material dela.
De olho na série! Abraço.
Muito interesse, Nathalia! Acho que todo mundo aqui já cantou essa marchinha, mas poucos sabem que quem escreveu foi uma mulher...
Verdade! Abriu alas, literalmente, principalmente para as mulheres no meio cultural. Obrigada pelo comentário. ;)
Nasceu no meu dia de aniversário! Que bela coincidência!
Que legal! ;)
Magnífica história de uma mulher guerreira!!!
Que foi muito importante pra história de todas as mulheres brasileiras.
Não é? A Chiquinha é encantadora! <3
Iniciou muito bem! Chiquinha lutou por seu espaço, contra o proconceito, contra o machismo cultural. E deixou sua arte, e sua história, de aprendizado para as nossas gerações.
Representou muito bem as mulheres. Sua atitude frente ao mundo machista nunca foi tão atual como nos dias de hoje onde ainda continuamos sua luta!
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