Saudações, matheus
Essa questão da loucura é complicada man. Quem julga o outro como louco, tende á julgar de acordo com seu viés. Se uma pessoa tiver tendência á personalidade anancástica, julgará a maioria das coisas fora de seu espectro como errado, talvez como louco...... Por outro lado, alguém com uma personalidade muito "mente-aberta", poderá julgar alguém que é sempre pautado pela razão como certinho ou louco, por manter-se sempre caminhando em uma linha reta.
Isso inclusive, me lembrou de um livro brasileiro, depois escreverei sobre ele.
Muito bom post, boa noite!
Fiquei na dúvida em relação ao comentário. Se em relação ao termo antropológico da loucura, ou a interpretação em sua dimensão de teoria do estudo psíquico ou mesmo cultural do senso comum. Entendo que antigamente e hoje em dia, acho que traz de certa forma isso, no sentido cultural a loucura utilizada com amplas significações, dependendo da valoração individual ou coletiva do que foge ao ordinário, ou ao determinado a ser ordinário. Também gosto de um brasileiro que aborda essa temática muito bom, do Machado de Assis, chamado O Alienista. Pretendo trazê-lo também, assim como História da loucura do Foucault. No Elogio da loucura, somos todos loucos, e não lhe damos o devido crédito, uns diferentes loucos dos outros. Obrigado pelo comentário @julisavio!
hahahah, era sobre o alienista que eu ia falar. POis, o personagem claramente é anancástico. Ele julga todos de acordo com seu viés e os encarcera. No final, percebe que sempre que julgar pelo seu viés os outros estarão errados e vai ele para a "prisão"
Sim. Um humor inteligente digno de Machado de Assis. O Dr Bacamarte, poderia ter uma personalidade anarcárstica, não sei, sei que era médico, cientista, grande sábio, o sábio do senso comum, a valoração em relação a própria moral sobre a loucura. Acabou entregue a própria loucura, se internado e excluído da sociedade, assim como são as muitas prisões dos dias de hoje, e como já foram as internações psiquiátricas nos séculos passados, obra é uma bela crítica literária ao cientificismo do século XIX. por isso a internação deve seguir critérios clínicos, e a clinica ser feita sobre teoria e conhecimento atual. Quem sabe um dia consigamos chegar no modelo italiano de desinstitucionalização. Ainda hoje a internação é um recurso, e um sinal da falta de organização politico social de suas ações sociais e de saúde, isso no sistema público, e é uma luta que estamos em um momento importante e retrógrado, devido a politica das comunidades terapêuticas, já no particular pode acontecer por demanda ou critério clinico.
Muito bom, man!