Me inspirei num texto do filósofo Spinoza, escrito em meados de 1632 mas que permanece incrivelmente atual. O que mais me chama a atenção neste texto é que o autor despersonifica Deus, colocando-o nas coisas que existem, coisas observáveis e percebidas por nós. Isso inclui também nossos sentimentos, de potência ou impotência, alegria e dor. Essa é nossa natureza, e a natureza, para Spinoza, é Deus.
É muito comum atribuirmos nossas limitações à Deus. Se algo acontece que nos desagrada perguntamos "Deus, você me abandonou". Mas Deus está o tempo todo conosco, nós somos Deus. E o mundo é este emaranhado de desejos, os quais tentamos elaborar histórias para justificar o que é bem do que é mal, o que é a ação de Deus e o que é a falta dele. Por muito tempo o homem atribuiu suas vontades não atendidas a falta divina, mas devemos entender que nossas paixões não são absolutas e a vida trás desconfortos também, porque nosso desconforto é o mundo acontecendo conforme as paixões de outros ou simplesmente acasos da vida.
Fiz abaixo uma seleção de algumas partes do texto:
Grandes verdades. Como é difícil se lembrar delas ao longo de uma vida cheia de "ensinamentos" desde criança.
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