Esta história é continuação de: A origem do mundo e o primeiro Rei: Urano, o Céu.
Fonte
A tocaia.
Após a promessa de vingança de Cronos, Gaia demonstrou grande alegria, lhe deu a foice que havia forjado e preparou uma tocaia para o Rei Céu.
Ao anoitecer veio grande Céu ao redor da Terra, querendo envolver-lhe de amor, mas seu filho Cronos estava de tocaia e logo que o pai, sedento de amor, aproximou-se de sua mãe, Cronos segurou-lhe o pênis com a mão esquerda e utilizando a foice dentada que sua mãe lhe dera, decepou-o com a mão direita, jogando-o para trás.
A última herança do Céu.
O pênis de Urano, que fora jogado ao mar, pairou sobre os oceanos por algum tempo, e do seu órgão que ainda ejaculava, próximo à ilha do Chipre, nasceu uma virgem: Afrodite (Sexo, há controvérsias) de beleza estrondosa.
Eros (Erotismo) logo que a viu a seguiu e, tão logo nasceu, Afrodite já foi conviver com os deuses.
“Esta honra tem dês o começo e na partilha coube-lhe entre homens e Deuses imortais as conversas de moças, os sorrisos, os enganos, o doce gozo, o amor e a meiguice.” (HESÍODO, 1995. p.94)
Fonte
O sangue do Rei Urano também respingou sobre o Continente, e na virada do ano nasceram as Erínias, as deusas que puniam os mortais errantes, eram as três: Tisífone (Castigo) vingadora dos assassinatos e homicídios, Megera (Rancor) castigava principalmente os delitos contra o matrimônio, em especial a infidelidade e Alecto (Inominável) castigava os delitos morais como a ira, a cólera, a soberba etc.
Do sangue que caiu sobre os Freixos, nasceram as Melíades, simbolizavam a durabilidade e a firmeza, mas também simbolizavam a fertilidade e a cura. Nasceram também os Gigantes (Nascidos da Terra), que eram excelentes dominadores das armas, usavam longas lanças.
O novo Rei do mundo: o Tempo.
Finalmente Urano fora destronado e já que havia sido castrado, não poderia mais possuir Gaia e o Céu nunca mais teve contato com a Terra, apenas passava por cima dela do entardecer ao amanhecer.
Agora era a vez do reinado do Tempo (Cronos), mas ele não se esqueceu da profecia de seu pai ao ser castrado: “Meu filho cometeu uma obra estúpida e por isso terá um destino igual ao meu”
Sigam-me que em breve publicarei a continuação dessa história…
Referências Bibliográficas
HESÍODO. Teogonia, A origem dos deuses. Tradução Jaa Torrano. Editora Iluminuras – SP, 3a Edição. 1995
eu fico curioso pra saber como os antigos tinham tanta criatividade, da onde surgiu essas histórias, quer dizer são complexas ne, cheio de detalhes e personagens, os nomes e tals, parece que foi inventado, não pera, não era pra ser uma crítica ateísta kkk mas você me entende né, é estranho se olharmos sob o ponto de vista da modernidade.
Obrigado pelo comentário.
A criatividade deles era fantástica mesmo, mas era o "conhecimento científico" da época, imagina uma pessoa há 2800 anos vendo a chuva? Não tinha como pensar em outra coisa a não ser em outras pessoas ou deuses no caso jogando aquela água.
Olhar do nosso ponto de vista é impossível, para tentar entender tem que se imaginar inserido no contexto histórico de cada época.