Olha, vira e mexe aqui no Brasil volta esse tema sobre o Regime Militar. E aí começam as narrativas pró e contra pra ver quem estava mais certo, quem é o “mais santo” nessa história toda. Eu lamento informar a ambos os lados que a verdade verdadeira é que não há santos, nem de um lado nem de outro.
Eu sou totalmente a favor da democracia, pois entendo que esse é o regime que melhor permite aos conflitos se resolverem no campo das ideias, e as disputas possam ser resolvidas prioritariamente de forma pacífica via voto, a “vitória da maioria”.
O Regime Militar foi uma ditadura, e isso por si só já é suficiente para eu não defendê-lo. Pra mim não importa a cor do ditador, se azul ou vermelho. Ditadura é sempre a morte dos debates e das ideias. É a substituição das ideias pelo medo e pela força das armas.
Mas aqui pra nós, o Regime Militar não surgiu do nada no Brasil como num passe de mágicas. Ele surgiu porque existia uma ameaça iminente de tomada de poder e de uma ditadura comunista, a tal da “ditadura do proletariado” que todo mundo sabe é muito defendida pelas esquerdas. Hoje é verdade que as esquerdas estão mais “domesticadas”, mas naquela época ela ainda era bastante radical e defendia isso sim.
Então já passou da hora de aqueles que foram combatidos pelos militares pararem de se fazer de santinhos com asas. Eles sim foram combatidos de forma brutal e pelo uso da força militar. Aliás, militar serve essencialmente pra isso, pra usar a força bruta contra os seus opositores. Não é papel de militar debater e entregar flores.
A única coisa que eu lamento nesse episódio do passado foi ter chegado nesse ponto de necessitar a entrada dos militares nos embates políticos. Mas vamos parar de uma vez por todas com esse discurso maniqueísta tosco de que os militares eram os perversos e maldosos, e os revolucionários eram os anjinhos santinhos oprimidos. Meu lado era certinho e santinho e o seu lado todo errado dos vilões malvadões.
Isso já está ficando ridículo. O que havia era uma guerra, onde os dois lados agiam com violência pra defender seus pontos de vista. E na base da violência, venceram os militares, foi isso o que aconteceu. A lição que ficou disso tudo foi que ambos os lados deveriam refletir de forma isenta para que jamais precisemos novamente resolver conflitos na base da violência.
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Eu criança na fila do mercado, revesando o lugar na fila com a família pra podermos comprar leite nos anos 80. Vizinhos que sumiam depois da visita de alguém do Batalhão dos Caçadores. Hj escuto de parentes mais velhos que eu ñ posso tecer comentários sobre a ditadura pq eu era criança na época e não sei de nada.
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Sim os militares se excederam na repressão sem dúvida. Mas a questão que levanto aqui não é essa, mas o fato dos revolucionários também estarem dispostos a cometer todo tipo de ilegalidade e a matar ou morrer em nome da tal "revolução operária". Se suas armas são violência e ilegalidade, espere violência e ilegalidade. Os militares combateram de forma brutal os seus opositores, como aliás é a sua tradição. Basta ver o que fizeram na guerra do Paraguai.
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Impossível que hipotética revolta civil receba qualquer equivalência à treinamento, técnicas, organização e artilharia militar. Sem mencionar do poder psicológico e alta incidência de abuso de pessoas que trabalham em posições que requerem o uso de uniformes (Milgram Experiment e Zimbardo’s Experiment - Prison Experiment).
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É pra isso mesmo que militares existem e vivem treinando e se preparando pra eventuais conflitos: para serem imbatíveis no monopólio do uso da força. Acima dos militares ninguém.
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Militares treinam para combater civis? Vc tem um entendimento extremamente equivocado e perigoso sobre as finalidades das forças armadas.
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É papel dos militares garantir a ordem constitucional do país, inclusive quando essa ordem está ameaçada por questões internas. Fora da Constituição o que existe é a lei do mais forte.
Pare com esse discurso fascista. O mundo dá voltas. A parcimônia e a disciplina doem menos que o arrependimento. Além disso é sempre uma vergonha para toda a nação Brasileira quando alguém escreve esses tipos de bobagens de ultra direita.
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