A transparência e a possibilidade de auditoria em tempo real estão fazendo a tecnologia blockchain ganhar visibilidade em diversos setores. Como por exemplo, no combate à corrupção em contratos públicos no Brasil.
É o que diz um novo relatório do Fórum Econômico Mundial, intitulado “Explorando a tecnologia blockchain para transparência governamental: um sistema de contratos públicos baseado em blockchain”.
Trata-se do mais abrangente levantamento sobre a viabilid okade e o valor da tecnologia blockchain no que diz respeito aos contratos público, que têm boa parte de seu investimento desviada pela corrupção.
10% a 30% das verbas desviadas
De acordo com uma matéria da Folha de SP, sobre o estudo, os governos em todo o mundo direcionam cerca de US$ 9,5 trilhões (quase R$ 50 trilhões) por ano aos contratos públicos.
No entanto, um percentual significativo desse valor não chega a seu destino. Isso porque é desviado por funcionários corruptos, executivos de empresas e outros envolvidos nas contratações.
Segundo estimativas da ONU (Nações Unidas) e da OCDE (organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), entre 10% e 30% do valor de um contrato público são perdidos.
Por isso, o Banco Mundial acredita que a redução da corrupção nos contratos pode “constituir um dos programas de desenvolvimento econômico mais eficazes que um país pode adotar”.
Blockchain no combate à corrupção
Uma das maneiras de conseguir reduzir a corrupção nesses contratos é através do uso da blockchain, segundo o estudo do Fórum Econômico Mundial.
Sendo assim, em parceria com o Escritório do Inspetor Geral da Colômbia e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, a organização criou um sistema sinalizar atividades suspeitas.
A blockchain foi escolhida por oferecer aos governos o potencial de não corromper seus processos de compras através da inviolabilidade dos registros. Além disso, entrega “contratos inteligentes” automatizados, aumentando a uniformidade, a objetividade e a transparência.