
https://pixabay.com/photos/sound-board-volume-audio-studio-5941739/
Don't say what you think...
Have you ever stopped to think about how often we say things almost immediately?
The idea comes to us, it seems excellent, and suddenly a strong internal impulse drives us to express that idea, that thought, that opinion.
Social media is full of people who want to be heard, who want to talk, who want to give their opinion on everything and nothing. True experts in nothing.
Any subject is good enough for them to express themselves, and in some cases, one could even be more scatological and use the word “defecate” their ideas, which they consider to be true pearls of wisdom.
The big problem is that the “excuse” that we all have the right to have an opinion and to be different sometimes clashes with the serenity and seriousness that many issues require.
We confuse freedom with licentiousness, and sometimes we get carried away by the barrage of nonsense that is said/written/shared ad infinitum by those behind a keyboard.
Nowadays, we all want to be heroes. We want to be heard and taken into account. We want to be more than just a number.
But do we also care about being someone who listens? Isn't that how a society, a community, a family, or even two friends learn and develop? Isn't listening as important as speaking or giving an opinion?
I witnessed one of the greatest transitions in modern society. The internet revolutionized humanity. The liberation of how we obtain information was the first step, but a few years later, those who were merely consumers of information and content also became producers of comments, information, and misinformation.
Everything became valid... and virtual space became a veritable battlefield... Or should we call it a veritable pigsty (no offense to pigs)?
The sources of information, which just over two decades ago numbered only a few hundred, all tried to produce content that could be quickly broadcast (I remember the evening news being only 15 or 20 minutes long), to the complete opposite... Today there are thousands of television channels, most of them subscription-based, broadcasting news, or what resembles news, 24 hours a day...
Information began to be verified less frequently and with less rigor. Fierce competition between channels and media outlets, which drives them to have more content and more breaking news every minute, means that news is often broadcast live, like a live film of what is happening, with a reporter commenting... with their ideas and what they think is happening before them at that precise moment...
And at this point, I return to my initial idea. At this point, the reporter becomes a true “curious neighbor” who is attentive to everything that is happening, who spouts thousands of words and ideas that are sparse and of dubious veracity or quality.
The paradigm of information... true misinformation.
And perhaps all we need to do is be more mindful of what we consume and how we consume it, be more patient, and not want to know absolutely everything about everything... and immediately.
I would venture to say that this model of information transmission and consumption could ultimately jeopardize democratic systems such as those that exist in many parts of the world.
What do you think?
Do you think that information should be more cautious and not so immediate, or that, on the other hand, the liberalization of television channels and the free publication of news (with the risk of sometimes not being so accurate) leads to greater democratization of societies?
Não digas o que pensas...
Já um dia pararam para pensar na quantidade de vezes em que dizemos tantas coisas quase imediatamente?
A ideia surge, parece-nos excelente, e de repente surge um impulso interno forte que nos impele a que exteriorizemos essa ideia, esse pensamento, essa opinião.
As redes sociais estão cheias de pessoas que querem ser ouvidas, que querem falar, que querem dar a opinião sobre tudo e sobre nada. Verdadeiros peritos do nada.
Qualquer assunto serve para exteriorizarem, e nalguns casos até se poderia ser mais escatológico e usar a palavra "defecarem" as suas ideias, que julgam ser verdadeiras pérolas da sabedoria.
O grande problema é que a "desculpa" de todos termos o direito a ter uma opinião, e a sermos diferentes, por vezes colidir com a serenidade e seriedade que muitos assuntos exigem.
Confundimos a liberdade com libertinagem, e por vezes deixamos levar no enchorrilho de disparates que são ditos/escritos/partilhados até ao infinito, por quem atrás de um teclado se encontra.
Hoje em dia, todos queremos ser heróis. Queremos ser ouvidos, e que nos levem em conta. Queremos ser mais do que um número.
Mas será que nos preocupamos em ser também alguém que escuta? Não é mesmo de essa forma que uma sociedade e que uma comunidade, família, ou mesmo dois amigos aprendem e se desenvolvem? Não é tão ou mais importante escutar que falar ou opinar?
Testemunhei a uma das maiores transições da sociedade moderna. A internet veio a revolucionar a Humanidade. A libertação do modo como obtemos a informação foi o primeiro passo, mas poucos anos depois, quem apenas era consumidor de informação e de conteúdos, passou também a ser produtor de comentários, informação e desinformação.
Tudo passou a valer... e o espaço virtual tornou-se um verdadeiro campo de batalha... Ou será que devemos chama-lo de uma verdadeira pocilga (sem desprestigio para os suínos)?
As fontes de informação, que há pouco mais de duas décadas eram apenas umas centenas, e todas tentavam produzir conteúdos que fossem rapidamente veiculados (lembro-me dos noticiários da noite serem apenas 15 ou 20 minutos), para o completo oposto... Hoje em dia existem milhares de canais televisivos, e a maioria de subscrição que transmitem noticias, ou o que se pode assemelhar a noticias, 24 sobre 24 horas...
A informação começou a não ser tão frequentemente verificada com o mesmo rigor. A feroz concorrência entre os canais e meios de informação, que os impele a terem mais conteúdos, e mais noticias de ultima hora e cada instante, leva a que frequentemente a noticia esteja a ser transmitida e que esta corresponda a um filme em directo do que está a acontecer, e um reporter a comentar... com as ideias e com o que julga estar a acontecer perante ele naquele preciso momento...
E neste ponto regresso à ideia inicial. Neste ponto, o reporter torna-se em um verdadeiro "vizinho curioso" que está atento a tudo o que se passa, que debita milhares de palavras, e ideias parcas e de veracidade ou de qualidade duvidável.
O paradigma da informação... a verdadeira desinformação.
E talvez, apenas o que bastasse era estarmos mais atentos ao que consumimos, e como consumimos, e sermos mais pacientes e não querermos saber absolutamente tudo sobre nada... e de forma imediata.
Arrisco a dizer que este modelo de transmissão e consumo de informação pode em ultima analise colocar em risco um sistema democrático como o que existe em muitos pontos do globo.
E vocês, o que acham?
Acham que a informação deveria ser mais cautelosa, e não tão imediata, ou que por outro lado, a liberalização dos canais de televisão, e a livre publicação de notícias (com o risco de algumas vezes não ser tão precisa) leva a uma maior democratização das sociedades?

Free image from Pixabay.com
Translated with DeepL.com (free version) and selected in the Advanced tools
