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RE: LeoThread 2024-11-13 03:36

in LeoFinance2 days ago

Energia solar avança no mundo

À medida que cresce a demanda mundial por eletricidade, aumenta a participação do Sol na matriz energética. Embora a preferência continue sendo do carvão mineral (35%) e o gás natural (22%), enquanto em 2015 cabia à energia solar apenas 1%, em 2024 essa percentagem já alcança 6%, tendência francamente ascendente.

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Em 2023 foram construídas usinas fotovoltaicas em todo o planeta com uma capacidade total de 447 gigawatts (GW). Segundo a confederação SolarPower, desse modo, em apenas um ano a produção solar global elevou-se em 38%, até 1.624 GW.

Bem mais modesta foi a ampliação das usinas eólicas (117 GW) e a carvão (70 GW) inauguradas no mesmo período, sobretudo na China e na Índia. Nos setores hidrelétrico (+7 GW), de gás natural (+6 GW) e biomassa (+4 GW), o acréscimo foi ainda inferior. Por sua vez, a capacidade de energia nuclear caiu 2 GW em 2023, com o fechamento de mais usinas antigas.

Segundo a SolarPower Europe, a energia fotovoltaica terá um crescimento global ainda mais forte no próximo quinquênio, chegando a até 20% mais usinas por ano. A organização prevê um total de 5.117 GW instalados até 2028, superando os 4.930 GW produzidos por todas as usinas de carvão, gás e petróleo juntas.

Os preços dos módulos fotovoltaicos caíram drasticamente, acima de tudo devido à produção em massa em fábricas chinesas, reduzindo em 80% o custo da energia solar em todo o mundo, nos últimos 15 anos. Na maioria das regiões, ela já é a alternativa mais barata.

Em zonas ensolaradas, é possível gerar eletricidade num parque fotovoltaico ao custo de 0,035 a 0,054 euro por kilowatt/hora, mostra um estudo do Instituto Fraunhofer para Sistemas de Energia Solar (ISE). Em países como Alemanha, em que há pouco sol, o custo é de 0,041 a 0,069 euro por kilowatt/hora, mas ainda bem menos do que a metade da energia proveniente das novas usinas nucleares, a gás ou a carvão.

A expansão fotovoltaica é marcante na Ásia, e muito especialmente na China, onde novos parques solares acrescentaram 253 GW à matriz energética em 2023, elevando a capacidade nacional total a 656 GW. Em 2024 se acrescentarão outros 299 GW. A Agência Internacional de Energia (AIE) calcula que as instalações solares cobrem 10% da demanda chinesa.

Atualmente o país ainda obtém 61% de sua eletricidade das usinas a carvão, tornando-se um dos principais emissores de dióxido de carbono (CO2). Porém o think tank britânico Ember estima que o combustível fóssil perderá importância na China, graças à ascensão da fonte solar.

O fenômeno se fez observar também em outros países em 2023: a Austrália ampliou sua produção solar em 36 GW, elevando a parcela dessa fonte a 15%. No Japão e na Índia, a capacidade solar é de 90 GW – 12% e 11% da demanda nacional, respectivamente. Com 9 GW, 20% da eletricidade do Chile é de origem fotovoltaica. No Brasil, com 39 GW, a proporção é de 11%; enquanto nos EUA (173 GW) e México (11 GW) ela é de 6%.