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RE: LeoThread 2024-10-21 05:25

in LeoFinance2 days ago

Energia Solar

Enel pede que governo transfira à empresa recursos de incentivo à energia solar

A Enel, pressionada pelo recente apagão que afetou milhões de clientes em São Paulo, defendeu a revisão dos subsídios dados à geração de energia solar. Segundo Guilherme Lencastre, presidente da companhia, esses incentivos não são mais necessários e impactam diretamente as contas de luz, especialmente para quem não tem condições de instalar painéis solares. Ele sugere que parte desse subsídio seja redirecionada para aumentar a resiliência das redes elétricas e evitar futuros problemas.

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A proposta de Lencastre foi bem recebida pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). Marcos Madureira, presidente da Abradee, também criticou o subsídio dado à geração distribuída, afirmando que esse custo acaba sendo pago por consumidores que não utilizam a energia solar. Para ele, é importante que o uso do sistema elétrico seja pago por todos, e que o incentivo deve ser aplicado somente quando necessário.

Por outro lado, o setor de energia solar rejeitou as críticas. Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), classificou as declarações da Enel como “infundadas” e uma tentativa de desviar a atenção do apagão. Sauaia lembra que as distribuidoras concordaram com a legislação atual e que os benefícios da energia solar são claros, como a redução do uso de termelétricas e a economia de água nos reservatórios.

A Absolar também rebateu os argumentos sobre prejuízos para os consumidores. Um estudo encomendado pela associação prevê uma economia de R$ 84,9 bilhões nas contas de luz até 2031, graças à geração distribuída. Sauaia afirma que a energia solar contribui para a redução dos custos com eletricidade e acusa as distribuidoras de tentar inibir a concorrência.

O subsídio, alvo das críticas, é destinado à geração distribuída de energia solar e permite a compensação de 100% das tarifas sobre o consumo até 2045. Segundo a Aneel, esses incentivos somam R$ 8,5 bilhões em 2024, o que representa cerca de 12,62% da tarifa média paga pelos consumidores residenciais.

Para o presidente da Absolar, o debate sobre os subsídios é incompleto, pois não considera os benefícios econômicos e ambientais trazidos pela energia solar. Ele também aponta que a energia solar é uma das fontes mais recentes a receber esses incentivos, enquanto outras tecnologias, como hidrelétricas, foram historicamente mais beneficiadas.

O setor de energia solar defende que os incentivos são essenciais para manter o crescimento das energias renováveis no Brasil. Sauaia destaca que a geração solar distribuída já trouxe diversos benefícios ao sistema elétrico, ajudando a reduzir custos e a diversificar a matriz energética do país.