Eu tinha 12 anos quando Senna morreu. Os hormônios estavam desordenados, a voz ora engrossava, ora esganiçava, o corpo crescia todo desengonçado, as gurias da escola ficavam cada dia mais bonitas, os pensamentos apontavam para a adolescência, mas havia uma resistência da infância, ela não queria ir embora. E aí o Senna morreu. E na segunda-feira, ao despertar com Senna morto, ao encarar um mundo que nos ensinava que até Ayrton Senna poderia morrer, era como se a infância tivesse acabado – até Hamilton me transportar de volta para ela em um vídeo de menos de dois minutos de duração.
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