Análise: Atlético-MG não compete com o Flamengo, fica com vice e joga fora 1ª chance de vaga na Libertadores
Nos 180 minutos, o Atlético-MG não esteve em nenhum momento próximo do título da Copa do Brasil. Viu o Flamengo construir uma larga vantagem no Maracanã e saber jogar uma decisão na Arena MRV. Quem jogou mais, ficou com a taça.
O Galo chegou à final com o favoritismo dividido. E justo. Fez uma competição sólida, enfrentou grandes adversários e mereceu estar entre os melhores. Mas não mostrou força diante do time carioca.
Na escalação, o técnico Gabriel Milito não trouxe surpresas, fez uma mudança já esperada: Zaracho na vaga de Rubens. Levou Arana para o corredor e reforçou o meio em criatividade. Um movimento para tentar tirar os dois gols de desvantagem.
A formação mais ofensiva deu volume para a equipe. O Galo conseguiu ter a posse, mas ficou dependendo de cruzamentos contra uma defesa fortíssima.
Hulk teve momentos de fazer o jogo andar, abrir espaços — estava mais solto em relação ao primeiro jogo. Mas ainda era pouco para descontar e entrar na briga pelo título.
A grande oportunidade veio em falha de Rossi na saída de bola. Paulinho recuperou a posse, tentou finalizar, mas não pegou bem na bola. O goleiro recuperou-se.
Do outro lado, o Flamengo aguardava uma chance, um espaço. Teve algumas. Uma cabeçada de Arrascaeta, aos 24 minutos, quase definiu o confronto. Em outras, pecou no detalhe final.
Precisando de dois gols, Milito promoveu duas trocas na volta do intervalo: Lyanco e Otávio saíram, entraram Saravia e Kardec.
O time ganhou em ofensividade, mas não em chances. Teve menos obrigações defensivas e abriu um caminho para o time carioca decidir o jogo.
Isso poderia ter acontecido uma, duas, três vezes. Um placar parecido ou pior que o da ida. Só não aconteceu por conta de Everson. O goleiro assumiu o protagonismo do time e fez uma das melhores atuações da carreira.
Mesmo assim, o Galo conseguiu a bola que tanto buscou: confusão na área, Rossi entregue, mas Kardec furou, com o gol livre. O Flamengo não perdoou. No lance seguinte, Bruno Henrique lançou Plata. O equatoriano deixou Saravia pelo caminho e deu um toque na saída de Everson para marcar.
O gol deu fim ao jogo - praticamente - por conta das confusões e do placar agregado - de 4 a 1.
A primeira de três oportunidades, de garantir uma vaga na Conmebol Libertadores de 2025, foi desperdiçada. A segunda é via Brasileiro. Hoje, o Atlético é o 11ª, com seis pontos de distância ao G-7, mas com duas partidas a menos.
A terceira é no dia 30 de novembro. Os comandados de Milito decidem o título da Conmebol Libertadores diante do Botafogo, na Argentina.
Uma obsessão atleticana e que pode evitar uma temporada sem a competição mais importante do continente em 2025.