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O filme tem margens para várias interpretações, mas eu defendo a ideia de alusão (no roteiro, com aqueles artifícios de mundos paralelos e alta tecnologia) ao uso das drogas justificar a busca da felicidade real através de produtos sintéticos.

No entanto, eu preferia que o filme tivesse abraçado o lado do Sci-Fi por completo e tivesse se desenvolvido nesse território (o roteiro até tentou, mas ficou confuso e faltou coesão nesse sentido).

Então. Eu fiquei confuso, pois não tinha sacado a ideia que o filme quis transmitir. Mas depois, levando ao mundo das drogas, aquilo me deixou encantado com a sacada. Não que seja uma representação fiel do mundo. Mas usou uma história, um "conto" para mostrar como seria essa vida que muitas pessoas fogem da realidade. O que eu super curti haha

Acho que o lance dos cristais explica tudo (inclusive a didáticas das cores e das quantidades). Cores para explicar métodos diferentes de voltar pro "mundo real", e quantidades - incluindo o modo de consumo - para explicar a intensidade da "viagem".

O problema é que o roteiro não abraça essa ideia e fica tentando criar uma narrativa que fica transitando nos dois mundos, incluindo elementos de ambos, como se tivesse criando uma espécie de interferência (é só prestar atenção na filha dele "invadindo" o mundo real... como acontece na confusão após a palestra da Isabel, já próximo do final). Mas não explora isso, e deixa tudo no ar (me forçando a acreditar que o lado Sci-Fi foi "abandonado" e acreditar na teoria das drogas).