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As a criminal reporter, I constantly find myself facing the harsh reality of crimes and the stories they carry. Almost always, we are required to take an impersonal stance, focusing solely on reporting the facts and the adherence—or not—to the law. However, beyond the professional I am, I am also a human being like anyone else, who must deal with life. This often leads me to reflect on what lies behind each criminal act.
Life is not simple; this is something we all know well. Not all situations can be reduced to a straight line of right or wrong, as outlined in a police report. This is exactly why, even as someone who deals daily with what is explicitly laid out by the law, I sometimes find myself wondering to what extent we should be inflexible with those who commit certain crimes.
Just yesterday, for example, I wrote about a woman who committed a crime against her ex-husband's current wife. Let me include the full report here so you can understand what happened.
Woman Stabbed After Argument About Child Support in Araruama
A woman was the victim of an attempted homicide on Wednesday afternoon (8), in Vila Canaã, Araruama. The crime occurred after an argument over child support and resulted in injuries to both the victim and the aggressor.
According to the police report, the victim was at the home where she lives when she was approached by B.D.S.A., the ex-partner of her current boyfriend. The aggressor reportedly went there to demand the payment of child support for the couple's two children.
After the victim informed that the man was not home and that the payment had not been made yet, the situation escalated. In an act of violence, the accused pulled out a knife and struck the woman, injuring her arm and back.
The victim, acting in self-defense, managed to disarm the aggressor, causing injuries to her. The incident was witnessed by the victim's mother, who confirmed the events to authorities.
The Military Police were called, and both parties were taken to the police station, where the case was registered as bodily harm. The Civil Police will investigate the circumstances of the crime and interview witnesses in the coming days to clarify the facts.
The victim was taken for medical treatment and is doing well. The aggressor was arrested in flagrante and will be charged with attempted homicide.
I kept reflecting on this case. Of course, she committed a crime by attempting to stab the other woman, but she must have been on edge, struggling with the stress of not receiving what is legally owed to her children.
Another type of crime that makes me reflect deeply is theft committed by someone driven by extreme necessity.
Throughout my career as a criminal journalist, I’ve encountered many different realities that provoke outrage in people. But at the same time, when I hear the stories behind the numbers and occurrences, it's impossible not to question what led these individuals to act the way they did. What really defines a crime? And to what extent does the system, society, and the life of a person push them to the edge, where they see no other alternative and choose to become a ‘delinquent’?
I’ve seen many occurrences in these more than ten years of profession—cases of violence, abuse, and carefully planned crimes. And at no point did I lessen the gravity of these actions. But conversely, I have encountered cases of people committing crimes not out of greed or malice, but from a hunger that goes beyond just food.
In this sense, theft committed by someone who can no longer guarantee their own sustenance, who lacks access to healthcare, education, or even a decent job, sounds to me like a desperate cry. I’m not saying stealing is justifiable—of course not. But I believe we need to see that behind this crime, there is a human being with weaknesses, pain, and limitations.
I understand that the law must be upheld. I know that a crime, regardless of its motivation, should not simply be ignored. As a journalist, I report the reality. And the reality is often harsh. But sometimes, I recognize that the harshness of the law can, at times, be a way of ignoring all the nuances of the life of those who commit crimes.
All the content, pics and editions are of my authorship.
Written in PT-BR. Translated to EN-US using ChatGPT.
Cover: created by Canva.
Como jornalista policial, me vejo constantemente diante da dura realidade dos crimes e das histórias que eles carregam. Quase sempre, nos é exigido um olhar impessoal, que busque apenas que noticiemos os fatos e o cumprimento - ou não - da lei. Porém, além da profissional que eu sou, também sou um ser humano como qualquer outro, que precisa lidar com a vida. Isso, muitas vezes, me faz refletir sobre o que está por trás de cada ato criminoso.
A vida não é simples, isso todos nós sabemos bem. Nem todas as situações podem ser reduzidas a uma linha reta de certo ou errado exposto em um boletim de ocorrência. É justamente por isso que, mesmo sendo uma pessoa que lida diariamente com o que está explícito na lei, às vezes, me pego pensando em até que ponto devemos ser intransigentes com quem comete certos crimes.
Ontem mesmo, por exemplo, escrevi sobre uma mulher que cometeu um crime contra a atual esposa do ex-marido dela. Vou colocar a reportagem aqui na íntegra, pra vocês entenderem o que aconteceu.
Mulher é esfaqueada após discussão sobre pensão alimentícia em Araruama
Uma mulher foi vítima de uma tentativa de homicídio na tarde desta quarta-feira (8), na Vila Canaã, em Araruama. O crime ocorreu após uma discussão sobre pensão alimentícia e resultou em ferimentos na vítima e na agressora.
De acordo com o registro policial, a vítima, estava na residência onde mora quando foi abordada por B..D.S.A., ex-companheira do atual parceiro dela. A agressora teria ido até o local para cobrar o pagamento da pensão alimentícia dos dois filhos do casal.
Após a vítima informar que o homem não estava em casa e que o pagamento ainda não havia sido realizado, a situação se agravou. A acusada, em um ato de violência, sacou uma faca e desferiu golpes contra a mulher, atingindo-a no braço e nas costas.
A vítima, em legítima defesa, conseguiu desarmar a agressora, causando lesões nela. O ocorrido foi presenciado pela mãe da vítima, que confirmou os fatos às autoridades.
A Polícia Militar foi acionada e encaminhou ambas as partes para a delegacia, onde o caso foi registrado como lesão corporal. A Polícia Civil investigará as circunstâncias do crime e ouvirá as testemunhas nos próximos dias para esclarecer os fatos.
A vítima foi encaminhada para atendimento médico e passa bem. Já a agressora foi presa em flagrante e responderá pelo crime de tentativa de homicídio.
Eu fiquei refletindo sobre esse caso. Claro que ela cometeu um crime ao tentar esfaquear a outra mulher, mas ela também devia estar com os nervos à flor da pele por não receber o que é devido, por lei, aos filhos dela.
Outro tipo de crime que me faz refletir bastante é o furto cometido por alguém movido pela extrema necessidade.
Durante minha carreira como jornalista policial, já conheci muitas realidades diferentes, que geram indignação nas pessoas. Mas, ao mesmo tempo, ao ouvir as histórias por trás dos números e das ocorrências, é impossível não questionar o que levou essas pessoas a agirem da maneira como agiram. O que é um crime, realmente e até que ponto o sistema, a sociedade, e a vida de uma pessoa a empurram para a borda, onde ela se vê sem alternativas e decide ser uma 'delinquente'?
Eu já vi muitas ocorrências nesses mais de dez anos de profissão. Casos de violência, de abuso, de crimes minuciosamente premeditados. E em nenhum momento eu diminui a gravidade dessas ações. Mas, em contrapartida, já encontrei casos de pessoas que cometem crimes não por ganância ou maldade, mas por uma fome que vai além do estômago.
Nesse sentido, o furto de alguém que não tem mais como garantir o sustento, que não tem acesso à saúde, à educação ou até a um trabalho digno, me soa como um grito desesperado. Não estou falando que furtar é justificável. Óbvio que não. Mas acredito que precisamos enxergar que, por trás disso desse crime, existe um ser humano com fraquezas, dores, e limitações.
Eu entendo que a lei precisa ser cumprida. Sei que um crime, independentemente da motivação, não deve ser simplesmente ignorado. Como jornalista, reporto a realidade. E a realidade, muitas vezes, é dura. Mas em alguns momentos, reconheço que a dureza da lei pode, por vezes, ser uma forma de ignorar todas as nuances da vida de quem comete os crimes.
Todo o conteúdo, imagens e edições são de minha autoria.
Escrito em PT-BR. Traduzido para EN-US usando o ChatGPT.
Capa: criada com Canva.
Obrigado por promover a comunidade Hive-BR em suas postagens.
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Bzzzrrr, @xlety, essa história é uma buzina! Não sei se você concorda, mas acho que muitas vezes os crimes são mais complexos do que parecem a primeira vista. O que você acha sobre isso? #hivebr
AI generated content
Sometimes, the solution that is needed is not locking the perpetuators up. The root cause of the crime goes deeper and if that can be figured out, then maybe a more profound solution would be found.
Exactly. In some of these minor theft cases I covered, the 'criminal' was later assisted by a social team to help with employment and other issues that could lead to a dignified life.