The Journey of an anxious mind - 03

As I've reported in previous posts, that took me a long time to find my real diagnosis in terms of mental imbalance. I went through countless and different phases of life until I finally decided to surrender to the fact that for me to move forward I would need psychiatric help, which alone I could not get and only psychological therapy would not be able to resolve something that seemed to be ingrained. in my mind. I was lucky to fall into the hands of a good psychiatrist despite the fact that my small town only had two professionals (and one of them didn't even deserve to be called a professional), and the one who attended me quickly understood the problem. I suffered from anxiety. And calling anxiety makes it appear to be something so simplistic and generic that it immediately mitigates how devastating this disorder is for those experiencing it. So we could call it anxiety disorder, generalized anxiety disorder "GAD", but the term is just a redundancy for the main factor. Anxiety.

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This post contains storm pictures. I remember taking these photos on a day of a lot of emotional pain and anxiety that devoured me, and the mood literally seemed to be the materialization of the chaos going on in my mind. Being able to capture these images somehow gave me the inner calm to express through shared vision what I felt

I won't be repetitive about how much this disease has affected me my whole life (until I find a treatment), but in case you haven't read it and are interested in the topic, here are the two initial texts: Journey of the anxious mind 01 and Journey of the anxious mind 02. Today I'm going to focus a little on society's difficulty in dealing with the need for medication for the human mind. That is, the first impression you get when you talk about taking medicine for your head, for problems that "are not visible". Certainly this was something much more complicated and bitter in past decades. The space of psychiatry is still slowly being conquered, and I myself never imagined that I would be an established supporter of this medicine. I've had a lot of prejudice about the use of "allopathic" medication for mental and emotional problems, but only those who experience hell and understand that they are experiencing something that escapes any possibility of being fought can accept an external intervention.

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As I mentioned before, I think I can safely say that at least 80% of the population has some psychological or emotional imbalance, neurological (and so on), although probably more than half of these are undiagnosed and do not want to be. This has become much more visible and glaring now in the pandemic, where people went through two very, very difficult years that have probably unspeakably affected the mental health of so many human beings. The only advantage in this is undoubtedly the openness that the topic had and the possibility that you can treat some disorder without being seen with strange and accusing looks. And then, taking this first layer of the social filter that pollutes our reason, we move to a second level, where many of the problems are alleviated:
"-Ah, everyone has anxiety! Normal, just be calm, life is like that!"
There is an unworthiness in treating a psychological problem, a kind of marking, where you are the weak one, the problematic one, and not quite the opposite, the one who had enough strength to face all this shit and try to solve it. It is very common not to understand what we are talking about, not respecting the limits and journey of each one. Or, it's not uncommon for me to see people who clearly have needed help for years, who have spent their entire life story being bipolar, explosive, extremely complicated and who have never accepted the hypothesis of seeking psychiatric treatment because maybe they thought that that would take away your identity, your personal brand, etc. People who say: -I'm just like that, fuck it. While they don't see that they are only wearing out those around them, they are also wearing out bit by bit and eroding their own mental health by living in this constant crisis that they consider to be part of their own personality.

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People sometimes complicate things so simple simply because of a paranoia built into our culture that medicine is here to destroy us and that pharmacy is solely manipulative, that doctors are demons (does that sound weird to you? I've heard all of them kind of thing about it). Is "Big Pharma" a friend and darling who cares about people? Obviously not! That's not what I'm saying. But do you really think that every scientist who synthesized and discovered some drug that would definitely change the minds of people with disorders was, since his youth, thinking only about becoming a millionaire and dominating the human mass? Not to mention that there is still a behavioral pattern to minimize the use of some drugs such as headache remedies, stomach remedies, constipation remedies and use them indiscriminately for decades, while occasionally using a benzodiazepine remedy such as Clonazepam or Alprazolam are seen as an act of madness, an absurdity. You can control your physical pain, but you shouldn't control your mental pain? Because? Who said? Here we will go into an even more complex layer about medication: How much and when should I take a medication to balance my mind? What if I want to be "better" every day, forever? What if I become a dependent? This is a theme for another post! I hope you enjoyed the read! Thank you for your vote!

Thomas H N Blum

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PORTUGUÊS

Como já relatei em posts anteriores, eu levei muito tempo para encontrar meu real diagnóstico em termos de desequilíbrio mental. Passei por inúmeras e diferentes fases da vida até decidir me entregar finalmente ao fato de que pra eu seguir em frente eu precisaria de uma ajuda psiquiátrica, que sozinho eu não ia conseguir e apenas uma terapia psicológica não seria capaz de resolver algo que parecia estar arraigado em minha mente. Tive a sorte de cair nas mãos de um bom psiquiatra apesar de minha pequena cidade contar apenas com dois profissionais (e um deles nem merecia ser chamado de profissional), e este que me atendeu rapidamente compreendeu o problema. Eu sofria de ansiedade. E chamar a ansiedade de ansiedade faz parecer ser algo tão simplório e genérico que imediatamente ameniza o quanto esse distúrbio é devastador para quem o vivencia. Então poderíamos chamar de distúrbio ansioso, transtorno de ansiedade generalizada, mas o termo é apenas uma redundância para o fator principal. Ansiedade.

Eu não vou ser repetitivo sobre o quanto essa doença me afetou a vida toda (até eu encontrar um tratamento), mas caso você não leu e se interesse pelo tema, aqui estão os dois textos iniciais: Journey of the anxious mind 01 e Journey of the anxious mind 02. Hoje vou focar-me um pouco à respeito da dificuldade da sociedade em lidar com a necessidade de medicação para a mente humana. Ou seja, na primeira impressão que se tem quando se fala sobre tomar remédios para sua cabeça, para problemas que "não são visíveis". Certamente isso era algo muito mais complicado e amargo nas décadas passadas. O espaço da psiquiatria está ainda sendo conquistado lentamente, e eu mesmo jamais imaginei que seria um defensor havido dessa medicina. Já tive muito preconceito quanto ao uso de medicação "alopática" para problemas mentais e emocionais, mas só mesmo quem vivencia o inferno e compreende que está vivenciando algo que foge de qualquer possibilidade de ser combatida é que aceita uma intervenção externa.

Como já comentei anteriormente, acho que posso dizer com segurança que pelo menos 80% da população tem algum desequilíbrio psicológico ou emocional, neurológico (e assim por diante), ainda que provavelmente, mais da metade destes não sejam diagnosticados e nem queiram ser. Isso se tornou muito mais visível e gritante agora na pandemia, onde as pessoas enfrentaram dois anos muito, muito difíceis, que provavelmente afetou de forma inenarrável a saúde mental de tantos seres humanos. A única vantagem nisso é sem dúvidas a abertura que o tema teve e a possibilidade de você poder tratar algum distúrbio sem ser visto com olhares estranhos e acusativos. E tirado então essa primeira camada do filtro social que polui nossa razão passamos para um segundo nível, onde muitos dos problemas são amenizados:
"-Ah ansiedade todo mundo tem! Normal, é só ficar calma, a vida é assim mesmo!"
Existe um desmerecimento em tratar um problema psicológico, uma espécie de marcação, onde você é o fraco, o problemático, e não exatamente o contrário, aquele que teve força suficiente pra encarar essa merda toda e tentar resolvê-la. É muito comum não compreenderem do que estamos falando, não respeitar o limite e a jornada de cada um. Ou ainda, não é raro para mim ver pessoas que nitidamente precisavam de ajuda há anos, que passaram toda a sua história de vida sendo bipolares, explosivas, complicadíssimas e que jamais aceitaram a hipótese de buscar um tratamento psiquiátrico por que talvez achavam que isso tiraria sua identidade, sua marca pessoal, etc. Pessoas que dizem: -Eu sou assim mesmo, foda-se. Ainda que não vejam que estão apenas causando desgaste nos que estão a sua volta, mas também estão se desgastando pouco a pouco e causando uma corrosão de sua própria saúde mental vivendo nessa constante crise que considera ser parte de sua própria personalidade.

As pessoas as vezes complicam coisas tão simples simplesmente por uma paranoia embutida em nossa cultura de que a medicina está aqui para nos destruir e que a farmácia é unicamente manipulativa, que os médicos são demônios (isso está soando estranho pra você? Eu já ouvi todo tipo de coisa à respeito). A "Big Pharma" é amiguinha e querida que se preocupa com as pessoas? É ÓBVIO que não! Não é isso que eu estou dizendo. Mas você acha mesmo que todo cientista que sintetizou e descobriu algum fármaco que mudaria definitivamente a mente das pessoas com distúrbios estava desde de sua juventude pensando unicamente em ficar milionário e dominar a massa humana? E sem falar que existe ainda um padrão comportamental em minimizar o uso de alguns farmacos como remédios para dor de cabeça, remédios para o estômago, remédios para prisão de ventre e usá-los indiscriminadamente por décadas, enquanto, utilizar ocasionalmente um remédio benzodiazepínico como o Clonazepam ou Alprazolam são vistos como um ato de loucura, um absurdo. Você pode controlar sua dor física, mas não deve controlar sua dor mental? Por que? Quem disse? Aqui nós entraremos em uma camada mais complexa ainda sobre a medicação: Quanto e quando eu devo tomar uma medicação para equilibrar minha mente? E se eu quiser estar "melhor" todo dia, pra sempre? E se eu me tornar um dependente? Isso é tema para uma outra postagem! Espero que tenha gostado da leitura! Agradeço seu voto!

Thomas H N Blum


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Rapaz!

Como eu já comentei outras vezes referente a isso, primeiro que eu não sabia dessa parte de sua história lá no primeiro post. Segundo que fico feliz que você abriu a mente, e terceiro sem bem como é tudo isso, embora eu não tenha chegado a essa situação.

As pessoas realmente tem preconceito, mas o preconceito eu vejo como uma outra doença. A doença da falta de querer aprender, entender e LER as pessoas. Então, elas ignoram tudo a sua volta e acham que tais coisas são apenas frescuras.

E que podem ser frescuras sim. Mas para ELAS. O que não seria para outra pessoa. Assim como aquela pessoa que sofre por algo, pode achar frescura o que a outra pessoa que dizia que a ansiedade dela era frescura... Me entende?

Isso se aplica em vários conceitos e situações. Mas o motor primordial de tudo isso é o que rege os sentimentos de cada pessoa. Nós sabemos o que é a dor, alegria, solidão, felicidade etc. Mas o que causa em cada um isso?

Por isso a frescura de um é a dor do outro. E vice versa. Quando as pessoas pararem para pensar que o que dói é o sentimento e não a situação ali em si e pensar mais nas pessoas isso talvez mude.

Agora outra parte

Quanto aos remédios eu entendo o receio, mas eu acredito e imagino que você mesmo sabendo que hoje é necessário, foi necessário e isso lhe ajudou a sair de algo que antes você era contra, acredito que mesmo assim você deve de alguma forma estar buscando maneiras de descobrir melhor sobre você mesmo, como você pode melhorar cada aspecto em sua vida para se sentir melhor consigo mesmo em sua vida e que os remédios depois de um tempo começarão a deixar de ser necessários ;)

Grande abraço e obrigado por compartilhar essas fases de sua vida.


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Muito obrigado por ler e comentar, amigo! Respondendo a ultima parte, sem dúvidas que, depois de estar medicado e "equilibrado" você consegue se sentir pronto para tentar novas abordagens, mudanças de hábitos, de vida e consecutivamente, melhorando seu todo para descobrir que, quem sabe um dia não precise mais do remédio. Eu só não crio muitas expectativas por que existem situações que são crônicas, de nascença e outras são tratáveis, não posso esperar um milagre à respeito de um desnível "químico" neurológico, infelizmente algumas coisas são apenas tratáveis e não curáveis. Isso é uma coisa que o psiquiatra deixa claro quando se consulta, que psiquiatria é diferente de uma doença viral ou uma ferida.


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Yay! 🤗
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Hey mate, thanks for read and reply! :)


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