Post originalmente publicado em nossa página do facebook em 11/set/2017: https://www.facebook.com/cryptofinancas/posts/116277992391558
ICO é a sigla em inglês para "Initial Coin Offering", que é o processo conduzido por uma empresa de tecnologia para o lançamento de uma nova criptomoeda (token, em inglês).
Você pode pensar nos 'tokens' como se fossem fichas de um cassino, que têm um ativo associado a eles. Estes tokens de uma criptomoeda têm sua propriedade registrada em uma espécie de livro-razão descentralizado e protegido por criptografia, que na linguagem das criptomoedas, chamamos de "blockchain".
Você é o dono destes 'tokens' porque você possui a chave que permite que você crie novos registros no livro-razão (blockchain), que transferirão a propriedade destes tokens para outra pessoa. Mas você nunca armazena os 'tokens' no seu computador, na verdade, você armazenas as chaves que permitem que você transfira quantidades deles no livro-razão descentralizado (blockchain).
Outro jeito de pensar nos 'tokens' é em termos de quantidades específicas de recursos digitais ou computacionais que você controla, e que você pode transferir o controle para alguém.
Os tokens mais comuns são de dois tipos:
Tokens intrínsecos - são recursos computacionais criados para uma determinada finalidade, por exemplo, para o registro de transações.
Tokens lastreados - Emitidos por alguém e atrelados a um ativo subjacente.
As regras para criação de novos 'tokens' são as mais variadas. No caso do Bitcoin, o número máximo de bitcoins que existirá já está definido, e eles vão sendo criados seguindo regras de mineração que implicam uma programação de tempo específica. No caso do Riple (XRP), todos os tokens foram pré-minerados, distribuídos entre os participantes iniciais e são 'destruídos' em frações à medida que as transações ocorrem (ou seja, a quantidade total diminui com o tempo). Já o Ethereum (ETH) foi parcialmente pré-minerado e há emissões de valor pré-definido todos os anos. Todas as transações que ocorrem na rede ETH, bem como os smart-contracts que são lançados, usam Ethereum.
Em tese, os ‘tokens’ podem ser atrelados ao direito de uso dos recursos computacionais de uma rede, aos direitos de uso de um aplicativo, às fichas de aposta em um cassino digital, à dolares, à fração de um título público, à fração de propriedade de um imóvel, enfim, qualquer coisa.
Aí que começam os desafios: por ser uma classe totalmente nova de ativos, os 'tokens' ou criptomoedas ainda não foram regularizados na maior parte das nações, já que as autoridades têm dificuldade de enquadrá-los como títulos, moedas digitais (meio de troca) ou o que quer que seja. Por não estar claro o que são, há também uma série de incertezas legais envolvidas, como quando se dá materialmente a transferência da propriedade, quem deve fiscalizar, quando há renda gerada, quem pode regular, quais as condições de emissão, etc.
Olhando para o passado, vemos semelhanças entre o momento de euforia vivido no ambiente de criptomoedas e a bolha de dotcom que durou de 1995 a 2000, com algumas diferenças cruciais: a velocidade que tudo está ocorrendo agora é exponencialmente maior e o controle das autoridades é muito menor. Uma tecnologia nova e pouco entendida pelas massas, entrada de investimento especulativo, a liquidez com esteróides nos mercados internacionais. É difícil de prever onde tudo isto vai parar.
Por aqui, acreditamos que haverá alguns poucos ganhadores que sobreviverão a uma correção de larga escala que inevitavelmente chegará. E nesta página estamos trabalhando duro para tentar identificar aquelas reais oportunidades que podem trazer ganhos de longo prazo. Como dissemos, olhamos para o passado: se houve desastres, também há casos como o da Amazon, lançada em 2015 a US$ 18 por ação, atingiu seu pico antes da bolha de 2000 a US$ 100 e hoje, vinte anos depois, vale nada menos do que US$ 1.000 por ação.