Which road will we take? / Que caminho vamos levar? [Eng-Pt]

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This question has been plaguing me for some time now and long before the recent political and governmental crises that have proliferated in some European countries.

Recently we heard about the financial crisis that is hitting one of the most dominant economies on the old continent. France has been struggling with a deficit of over 3% of GDP since 2108, and this year it ended at 5.5%... and it's heading towards 6% of GDP!

I remember that in the previous crisis that hit my country, Portugal, we had to have the Troika intervene to get us out of an over-indebtedness that was not sustainable for the public accounts.

But what has changed in recent years, and particularly in the last two decades? The so-called more developed societies end up having a greater weight, and a social responsibility, that in less developed countries isn't so well recognised. Greater pressure on public systems leads to a substantial increase in state co-payments and a worsening of the bottom line.

But what has changed the paradigm? Well, I think that nowadays, no society is immune from escaping a political process and, consequently, a complex financial process. External pressures, usually exerted by political parties that were not, or had little representation in the governing assemblies of each member state, have consequently gained more weight and political strength. They have increased their quota of deputies and senators, leading to some more populist issues becoming part of political agendas and generating greater contestation and social friction.

I'll give my country as an example. In Portugal today, we have a higher number of extreme right-wing MPs in the Assembly than ever before. There are currently 50 of them. I don't think they shouldn't be there, not at all. If they're there, it's because they've been democratically elected and represent the will of the people.

The real question is this: Should we be worried about the growth of these radical groups? In my view, yes, but... Yes, but the real concern is to ensure that voters are informed and enlightened by their leaders. Real openness on the part of the legislature should lead to a more enlightened and informed vote. If obscurantism and less informed ideas, as well as rumours and fears that grow on social networks and in coffee conversations, continue to grow and feed on fears, a bias will always occur...

Governments in various countries are currently made up of parties from various quarters, and they have to reach an agreement in order to constitute possible acts of governance.

But the real challenge begins as soon as compromise governments are established. All it takes is for one of the three or more partners to fall out with the pre-established agreement, and a political crisis ensues. Just last week, in the Regional Government of Madeira, once again, a vote of no confidence in the Regional Government was passed, in the form of the unapproved Regional Budget. This will be the third regional election in just over a year. Do the political forces really want to reach a consensus, or do they have their own political agenda that only validates what they think is best for each party?

In a year 2025 that looks very challenging, as I mentioned at the beginning, with France's financial instability, Germany's anaemic economic growth, unemployment rising and inflation reaching worrying levels, plus the current housing crisis in my country, where house prices (rent or buy) are becoming less and less bearable for middle-class families.

And at the end of the day, who will gain from all this?

Thank you for taking the time to read my post today. I hope to see you here tomorrow.

Cheers🍀

Esta pergunta está a assolar-me desde há uns tempos para cá e muito antes das recentes crises politicas e governativas que proliferam por alguns países europeus.

Recentemente ouvimos a crise financeira que está a atingir uma das economias mais dominantes do velho continente. A França está a braços com um déficit acima dos 3% do PIB, desde o ano de 2108, e neste ano que terminou ficou nos 5,5%... caminhando a passos largos para os 6% do PIB!

Lembro que a anterior crise que assolou o meu país, Portugal, tivemos que ter a intervenção da Troika para conseguirmos sair de um sobre-endividamento que não era sustentável para as contas públicas.

Mas o que é que mudou nestes últimos anos, e em particular nestas duas décadas? As sociedades ditas mais desenvolvidas, acabam por ter um maior peso, e uma responsabilidade social, que nos países menos desenvolvidos não há tanta notoriedade. Uma pressão maior nos sistemas públicos, leva a um aumento substancial na comparticipação estatal e no agravamento dos resultados das contas.

Mas o que veio mudar o paradigma? Pois bem, eu acho que hoje em dia, nenhuma sociedade está imune de escapar de um processo politico e consequente, processo financeiro complexo. As pressões externas exercidas normalmente por partidos politicos que não estavam, ou que tinham pouca representação nas assembleias governativas de cada estado membro, têm consequentemente mais peso e força politica. Aumentaram a sua quota de deputados e senadores, levando a que alguns assuntos mais populistas comecem a fazer parte das agendas políticas, e a gerar uma maior contestação e atrito social.

Irei dar como exemplo o meu país. Em Portugal, hoje em dia, temos um número de deputados do partido de extrema direita na assembleia como nunca existiu. São actualmente 50. Não considero que não devam lá estar, nada de isso. Se eles estão lá, é porque foram eleitos democraticamente, e representam uma vontade popular.

A verdadeira questão é a seguinte: Deveremos estar preocupados com o crescimento destes grupos radicais? No meu entender, sim, mas... Sim, mas a verdadeira preocupação é a de garantir que os eleitores sejam informados e esclarecidos pelos seus governantes. Uma verdadeira abertura por parte do poder legislativo, deverá proporcionar um voto mais esclarecido e fundamentado. Se o obscurantismo e as ideias menos informadas, bem como os boatos e medos que crescem nas redes sociais, e nas conversas de café continuam a aumentar e alimentar-se dos receios, um enviesamento irá sempre acontecer...

Governos de vários países são actualmente constituídos por partidos de vários quadrantes, tendo que chegar a um acordo, de forma a constituírem actos de governação possíveis.

Mas o verdadeiro desafio começa logo após esse estabelecimento de governos de compromisso. Basta que algum dos três ou mais parceiros se desentenda entre o acordo pré-estabelecido, e a crise politica aparece. Ainda na semana passada, no Governo Regional da Madeira, mais uma vez, um voto de censura ao Governo Regional foi aprovado, em forma do Orçamento Regional não aprovado. Irão ser as terceiras eleições regionais em pouco mais de um ano decorrido. Será que as forças politicas querem de facto chegar a consensos, ou terão um agenda politica própria que apenas valida o que acham que é melhor para cada partido?

Num ano de 2025 que se antevê muito desafiante, tal como o referi de início, com a instabilidade financeira da França, com o crescimento económico anémico da Alemanha, com o desemprego a aumentar, e a taxa de inflação a atingir níveis preocupantes, acresce ainda a actual crise habitacional que assola o meu país, onde os preços das casas (arrendamento ou compra) são cada vez menos suportáveis para as famílias da classe média.

E ao fim ao cabo quem irá ganhar com isto tudo?

Obrigado pela atenção que deram a ler esta minha publicação de hoje. Espero encontrar-vos por aqui amanhã.

Bem Hajam🍀

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 3 days ago  

Sadly there’s chaos everywhere and I think that’s only going to get more pronounced in the next 2-3 years. I think a lot of it is because people largely don’t want war anymore despite those at the top and companies who profit immensely off it, want it to do all kinds of nefarious stuff. They are upping the pressure and it’s going to be tough but I think we can make it through!

They are upping the pressure and it’s going to be tough but I think we can make it through!

That is the true winning spirit, my friend! Thank you for your time and for the comment

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